9. Preservação de suportes e sistemas de reprodução depois da transferência

Pode ser que, no futuro, os desenvolvimentos tecnológicos permitam uma obtenção mais adequada da informação de suportes audiovisuais físicos. Da mesma forma, novas descobertas e metodologias de pesquisa poderão permitir que os usuários identifiquem informações secundárias adicionais nos suportes originais.

Dado esse potencial de melhorias na recuperação de informações, a transferência de informações primárias e secundárias de formatos de base físicas não pode ser considerada definitiva. Suportes físicos originais e equipamentos de reprodução adequados devem, portanto, ser preservados após a digitalização de seu conteúdo, sempre que possível.

No entanto, é possível que a degradação do suporte, a obsolescência tecnológica e o custo do processo de digitalização impeçam tentativas posteriores. Qualquer transferência, portanto, deve ser realizada de acordo com os mais altos padrões disponíveis na ocasião.

Comentários:

Suportes originais analógicos de som podem conter informações secundárias que estão fora da faixa de frequência das informações primárias e que podem ajudar a corrigir imprecisões da gravação original. A maioria das atuais tecnologias de transferência ocasiona a perda total dessas informações. Para fitas magnéticas analógicas de áudio, por exemplo, informações sobre flutuações de velocidade (wow e flutter) podem ser encontradas nas variações da frequência de polarização reproduzida, em interferência de variação de corrente elétrica ou ruído de fundo. Os processos que podem usar essas informações para corrigir as informações primárias estão disponíveis atualmente e podem se tornar parte das rotinas de migração futuras.

Outra melhoria recente na tecnologia de transferência de áudio é a digitalização óptica sem contato de conteúdo primário a partir de suportes de som mecânicos. Práticas melhores ainda precisam ser desenvolvidas, no entanto, veja os comentários da seção 10.